2005-07-27

Brevíssimo pensamento sobre a chuva

Gosto da chuva, humedece-lhes o matagal.

2005-07-23

Só mais um pensamento...

Chegue-se aqui, ó princesa
que estou bem precisadinho
de a amolecer a dita tesa
dentro desse rabinho...



2005-07-09

Alberto, o homem com mau timing

Este é o Alberto.


Pois, a foto não aparece porque - como de costume - o homem está no sítio errado à hora certa. Alberto é um homem vulgar, tirando este pequeno detalhe. A sua mãe entrou em trabalho de parto enquanto estava numa fila das finanças há quase quatro (sim, 4) horas, e já só faltavam duas pessoas à sua frente. Daí para a frente, pouco melhorou na sua vida. Como todas as crianças, até uma dada idade dormiu no quarto dos pais e assistiu - ainda que sem consciência - à sua vida sexual, ou pelo menos à tentativa frustrada de uma vida sexual. É que estavam os coitados nos preliminares, sacavam do profilático e mesmo no momento da introdução, lá se ouvia um berro de Alberto. Ou era fome, ou era fralda, mas era sempre uma merda!
Acontecia-lhe de tudo: Estava nas aulas na terceira classe e, justamente quando resolve soltar um portentoso e barulhento flato - aproveitando o ruído dos colegas - surge um daqueles silêncios repentinos, ficando apenas a ecoar o peido de Alberto, que durou até depois de todas as cabeças se virarem na sua direcção. No que toca a flatos outras histórias surgiram, como a vez em que resolveu peidar-se no elevador e este parou no andar a seguir, para entrar a vizinha boa do 3º andar...
Já em conversação, o nosso menino também era dado ao azar, desde a vez em que resolveu mandar uma piada de paneleiros, sem se aperceber que mais de metade dos presentes o eram, até à costumeira história de encontrar um amigo de longa data, perguntar pela família, e este lhe dizer "morreram todos há dois meses, num acidente de carro!". Mas o pobre Alberto não se fica por aqui, já crescidinho decidiu aperfeiçoar a sua veia de empata-fodas, e se há pessoa que conseguia acertar os telefonemas com a vida sexual dos amigos, era ele. As namoradas dos amigos já não o podiam ver à frente, não só por isso, mas porque, como de costume, não foi uma nem duas vezes que o desgraçado foi "apanhado em flagrante" enquanto fazia um comentário mais javardozinho sobre o decote das suas melhores amigas, sem saber que as mesmas tinham acabado de chegar... mesmo por trás dele. A história continua, com a vez em que foram - ele e os amigos - desviados do habitual percurso nocturno para um velório, e o pobre coitado, já meio bebido, entrou, viu tudo calado no hall da capela e, estranhando não ouvir música nem ter visto um segurança que fosse à porta, resolveu perguntar: "Ó João, que merda de bar é este, pá? Isto aqui está mais morto que os comícios do PC!".
Ainda antes dos 24 decidiram deixar de lhe fazer festas-surpresa, desde que estava tudo à espera dele na sala de sua casa, e o desgraçado entrou directo para o quarto sem reparar que estavam lá todos, voltando minutos mais tarde meio nu, com uma vagina artificial numa mão e uma revista pornográfica na outra...
Tudo nele é desacerto, sempre que resolve pôr-se a acelerar no carro, ou apanha um trânsito infernal passados 100m, ou um rebanho de ovelhas (e já não é a primeira vez que passa por carniceiro), e pior, as duas vezes que passou dos 140 na AE foi surpreendido por um subaru da BT, e a única, mas a única vez que ficou sem gasolina foi em plena Quinta da Torre, essa maravilhosa urbanização de lata...
Vamos continuar a falar neste moço por aqui, esperem um pouco que ele já volta a fazer das dele...

Só mais um pensamento...

Ainda no espírito do verão...

Ó boa, fundia-te esse bronze todo!
(quem diz fundir, diz outra coisa qualquer, eh eh)

2005-07-08

Atentados...

Acho que o que o país precisava mesmo era de um atentado... já repararam que tudo o que é país desenvolvido tem atentados? Se ninguém atenta contra nós, é porque ninguém nos inveja, e se assim é, é porque alguma coisa nos falta, além do sol, das praias, e de uma riqueza natural de valor inestimável que insistimos em destruir (as florestas, por exemplo...).

Só acredito em economia estável quando alguém a quiser abalar, num país decente quando alguém o quiser destruir... ó fáxabor... era uma ali no metro do marquês, a ver se acabam o túnel...

Só mais um pensamento...

Filha, traz cá esse bronze ao ferreiro e logo vês quem é o rei...


Teste de conhecimento:

Como ver se você é um zero à esquerda no que toca a automóveis:
Um amigo seu diz-lhe que comprou uma arrastadeira em óptimo estado e você pensa (bastante agoniado com a ideia, por sinal) que ele deu numa de investir em material hospitalar usado...

(Arrastadeira é uma alcunha dada a um citroën que em Portugal ficou conhecido por esse nome. alcunha um pouco depreciativa mas que respondia perfeitamente ao estilo inovador do carro. A primeira versão deste modelo, o 7A foi apresentado em 1934 e era, para quem não sabe, o primeiro veículo de produção em massa com tracção dianteira. Com um centro de gravidade baixíssimo e uma manobrabilidade nunca vista, o 7A - apesar do estrondoso sucesso - não foi suficiente para resolver os problemas financeiros da Citroën que, através do Governo Francês, recebeu ajuda da Michelin. Em 1937 é apresentada uma versão melhorada do 7A, que recebe a designação 11B e em 1938 foi apresentada no salão de Paris a versão 15 Six, com motor de 6 cilindros, rapidamente apelidado Rainha da Estrada. A produção deste modelo foi descontinuada durante a 2ª guerra mundial, e retomada após o término da mesma)

Cultivem-se, caralho!

2005-07-04

Ostiodependência

Certamente muitos de vós já ouviram falar deste flagelo que é a Óstiodependência. De seguida fica um artigo que tem muito de testemunho de como entra na vida de famílias inteiras, e como descrição da decadência em que entra um ser Ostiodependente.

Alguns de vós podem julgar que estamos a falar de alguma coisa relacionada com osteoperose, mas não. A ver com isto só tem o facto de ser um fenómeno geralmente associado a público feminino de idade avançada, nada mais. Falo-vos da dependência que certas pessoas acabam por criar pela Óstia, esse "corpo do senhor" que vos é dado na missa. Se antigamente era dado pão torrado em cubinhos, levando até mesmo os sem-abrigo à missa para fins alimentares, hoje em dia mudou-se para este composto algo sintético que é a óstia, e o que era uma pura necessidade biológica como a alimentação transformou-se no puro e horrendo vício. Vejamos o caso de D.Felismina (nome fictício): Felismina começou a consumir com mais frequência após a morte do seu marido, e o que era um ritual semanal passou a um vício diário. A decadência que se arrastou por largos e penosos meses, até para a família, veio ainda agravar-se quando tentou, felizmente em vão, arrastar filhos e netos para a tentação. Saía de casa a meio da tarde, dizendo que ia à confissão, e acabava a arrumar carrinhos no pingo-doce para, como se usa no meio, "gamar as chapas" que vinha mais tarde a usar na caixinha das esmolas, a fim de agradar ao pároco a ver se ele lhe dava mais do que "uma dose". Felizmente, veio o dia em que Felismina se apercebeu da atrocidade enquanto roubava jogos de playstation ao neto para mais tarde vender ao Padre Alberto (nome fictício), pastor da sua freguesia, que actua como receptador e troca jogos por folhas inteiras de óstia, jogos esses que mais tarde ou servem para aliciar meninos na catequese - o que deverá ser entendido pelos demais como um ritual de propósitos sexuais - ou vendê-los na quermesse. Piores até são os casos de crianças arrastadas desde tenra idade para este flagelo, e o que parecia um inocente passeio ao fim da tarde com a avó, a partir de certa idade começa a transformar-se em coro da igreja, grupos de jovens e ainda outras actividades "lúdicas" usadas como engodo social para encobrir a verdadeira finalidade de todos estes ritos religiosos: O consumo de óstia. As autoridades mostraram-se atentas ao fenómeno e afirmaram já ter montado verdadeiras operações de intervenção e apreensão de autênticos carregamentos, feitos normalmente por redes de contrabando eslovenas e polacas, suspeitosamente ou não estas últimas da "terra do santo padre", aquele senhor que morreu há uns tempos.



Dizem as más-línguas que existia uma rede desde os mais altos cargos do vaticano até ao mais simplório padreco de aldeia, tudo para expandir e aumentar cada vez mais o consumo mundial de óstia. Para quando a legislação sobre o assunto? O consumo de óstia é claramente um dos cancros da sociedade actual, e isto está comprovado com variados e apurados estudos médico-científicos. Fiquem atentos, nunca é tarde para salvar mais uma alma.

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