2005-07-09

Alberto, o homem com mau timing

Este é o Alberto.


Pois, a foto não aparece porque - como de costume - o homem está no sítio errado à hora certa. Alberto é um homem vulgar, tirando este pequeno detalhe. A sua mãe entrou em trabalho de parto enquanto estava numa fila das finanças há quase quatro (sim, 4) horas, e já só faltavam duas pessoas à sua frente. Daí para a frente, pouco melhorou na sua vida. Como todas as crianças, até uma dada idade dormiu no quarto dos pais e assistiu - ainda que sem consciência - à sua vida sexual, ou pelo menos à tentativa frustrada de uma vida sexual. É que estavam os coitados nos preliminares, sacavam do profilático e mesmo no momento da introdução, lá se ouvia um berro de Alberto. Ou era fome, ou era fralda, mas era sempre uma merda!
Acontecia-lhe de tudo: Estava nas aulas na terceira classe e, justamente quando resolve soltar um portentoso e barulhento flato - aproveitando o ruído dos colegas - surge um daqueles silêncios repentinos, ficando apenas a ecoar o peido de Alberto, que durou até depois de todas as cabeças se virarem na sua direcção. No que toca a flatos outras histórias surgiram, como a vez em que resolveu peidar-se no elevador e este parou no andar a seguir, para entrar a vizinha boa do 3º andar...
Já em conversação, o nosso menino também era dado ao azar, desde a vez em que resolveu mandar uma piada de paneleiros, sem se aperceber que mais de metade dos presentes o eram, até à costumeira história de encontrar um amigo de longa data, perguntar pela família, e este lhe dizer "morreram todos há dois meses, num acidente de carro!". Mas o pobre Alberto não se fica por aqui, já crescidinho decidiu aperfeiçoar a sua veia de empata-fodas, e se há pessoa que conseguia acertar os telefonemas com a vida sexual dos amigos, era ele. As namoradas dos amigos já não o podiam ver à frente, não só por isso, mas porque, como de costume, não foi uma nem duas vezes que o desgraçado foi "apanhado em flagrante" enquanto fazia um comentário mais javardozinho sobre o decote das suas melhores amigas, sem saber que as mesmas tinham acabado de chegar... mesmo por trás dele. A história continua, com a vez em que foram - ele e os amigos - desviados do habitual percurso nocturno para um velório, e o pobre coitado, já meio bebido, entrou, viu tudo calado no hall da capela e, estranhando não ouvir música nem ter visto um segurança que fosse à porta, resolveu perguntar: "Ó João, que merda de bar é este, pá? Isto aqui está mais morto que os comícios do PC!".
Ainda antes dos 24 decidiram deixar de lhe fazer festas-surpresa, desde que estava tudo à espera dele na sala de sua casa, e o desgraçado entrou directo para o quarto sem reparar que estavam lá todos, voltando minutos mais tarde meio nu, com uma vagina artificial numa mão e uma revista pornográfica na outra...
Tudo nele é desacerto, sempre que resolve pôr-se a acelerar no carro, ou apanha um trânsito infernal passados 100m, ou um rebanho de ovelhas (e já não é a primeira vez que passa por carniceiro), e pior, as duas vezes que passou dos 140 na AE foi surpreendido por um subaru da BT, e a única, mas a única vez que ficou sem gasolina foi em plena Quinta da Torre, essa maravilhosa urbanização de lata...
Vamos continuar a falar neste moço por aqui, esperem um pouco que ele já volta a fazer das dele...
Comments: Enviar um comentário

<< Home

This page is powered by Blogger. Isn't yours?