Pois é, estavam a ver que os alarves deixavam isto passar em branco? Quer se goste, quer não, o velhote lá morreu, para nos mostrar que não há bem que sempre dure, nem mal que nunca acabe. Dos depoimentos que recolhemos, o que mais nos agradou foi certamente o do D.José Policarpo, que afirmou como que num alívio: "Estávamos a ver que nunca mais era sábado...". Já Manuel Luis Goucha, num reflexo condicionado do seu "eu" chefe de cozinha, disse premptoriamente: "Agora é deixá-lo a marinar uns dias, antes de o pôr na cova. Andava sempre embrulhadinho em óstia, o que não é nada mau para avivar os sabores das ervas aromáticas". Da funerária, disseram-nos que o episcopado estava em dúvida com as músicas para a banda sonora, entre a "highway to hell" e "stairway to heaven", julgo que o papa escolheria a primeira, sempre não tinha degraus... Gostei das palavras de ordem que se ouvia ecoar na praça de S.Pedro, e as TV não passaram: "Allez, papa, allez!", a "e quem não grita, o papa irrita", fora frases anónimas recolhidas por lá: "Entao nunca mais se despacham?!? estou a pagar parque!!!" a "Eu ainda estou para ver se os filhos aparecem no funeral...", passando por "espero que lhe consigam baixar aquele braço que ele tinha sempre levantado..."

Agora a sério, vou fazer uma linha de silêncio em hom... oh, ora aí está ela, já repararam no espaço entre o parágrafo anterior e esta frase? Esplêndido!

Que mau gosto, francamente...